O
médico fiscal do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) Dr.
Eurípedes Mendonça esteve na cidade de Patos nesta quinta-feira, dia 21.
A visita do médico e de demais membros do CRM-PB se deu para averiguar
os problemas que foram detectados no Hospital Regional de Patos e também
para se reunir com o diretor do referido órgão.
Dr.
Eurípedes relatou que alguns problemas foram resolvidos no hospital, mas
outros continuam causando danos aos usuários, como por exemplo, a Área
Vermelha que “é uma espécie de UTI que fica na frente do hospital, mas é
uma UTI improvisada, é uma UTI que não tem lugar para o médico ficar
que não tem lugar para o enfermeiro, que não tem tranquilidade para o
paciente, que é um barulho, ou seja, lá é um inferno. A sala vermelha
era para ser uma sala de entrada para no máximo o paciente ficar por
meia hora, chegar lá e ir para o bloco cirúrgico ou ir para a UTI
verdadeira ou ser transferido para outra e não permanecer dois três dias
na área vermelha”, confessou Dr. Eurípedes.
O
segundo problema mais grave, de acordo com o CRM-PB, foi o tamanho da
UTI, pois só dispõe de 6 leitos e atende quase toda a população do
sertão por ser um dos hospitais de referência. Problemas de isolamento
por leito e questões de infraestrutura também foram detectados na UTI.
Dr. Eurípedes disse que esses são os dois maiores problemas: UTI e Área
Vermelha.
Dr.
Eurípedes fez duras críticas também ao atendimento de responsabilidade
da Prefeitura Municipal de Patos. Segundo ele, a falta de conclusão das
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e o atendimento precário nos Postos
de Saúde, bem como a falta de atenção básica, tem ajudado a aumentar os
problemas no Hospital Regional de Patos que absorve a demanda que
deveria ser de responsabilidade do município de Patos.
O
diretor do Hospital, Dr. Adílson Albuquerque, disse que reconhece as
críticas observadas pelo CRM-PB e as aceita com muita maturidade, pois
elas vêm para ajudar a melhorar. Dr. Adílson confessou que já existiu
uma reunião com o diretor da SUPLAN e a reforma no hospital foi
autorizada no primeiro semestre de 2014. “Estamos nos esforçando para
resolver os problemas detectados pelo CRM. Nós superamos um problema que
tínhamos na ortopedia devido à demora nas cirurgias e aos poucos vamos
solucionar os demais. Temos que ter uma parceria técnica entre Estado e
Prefeitura para termos avanços mais significativos”, relata Dr. Adílson.
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