Salão do Artesanato expõe peças produzidas dentro dos presídios paraibanos

 
Peças artesanais produzidas por reeducandos do sistema prisional paraibano podem ser encontradas no 20º Salão de Artesanato da Paraíba, que foi aberto oficialmente no último sábado (14), na cidade de Campina Grande. O estande da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com peças produzidas pelos reeducandos artesãos, é coordenado pelo eixo cultura da Gerência de Ressocialização da pasta.
O secretário de Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, considerou importante a participação da Seap no evento. “O Salão de Artesanato da Paraíba é um evento que cresce e nos encanta cada vez mais a cada ano e se constitui como uma vitrine para todos os artesãos envolvidos, inclusive os que se encontram em situação de cárcere. Este espaço favorece à valorização da arte e proporciona que os visitantes conheçam o trabalho de ressocialização que está sendo desenvolvido no estado da Paraíba. Desta forma, demonstramos que é possível preparar estas pessoas que pagam por algum erro, para que possam voltar ao convívio social e ganhar a vida de forma digna”.
A gerente de ressocialização da Seap, Ziza Maia, ressaltou que a equipe da Gerência de Ressocialização da SEAP buscou dar visibilidade às peças confeccionadas por reeducandos e reeducandas de diversas unidades prisionais. “Através de uma abordagem aos visitantes, foi possível ampliar a visibilidade e apresentar nosso estande e as variedades dos trabalhos que estamos expondo. Foi com muita surpresa e ao mesmo tempo admiração que as pessoas recebiam a informação de quem produzia tais peças e onde eram confeccionadas, isto pela beleza, delicadeza, qualidade de acabamento e criatividade dos artesanatos”, comentou.
Ziza Maia considerou extremamente positivo o saldo deste inicio de Salão, “porque o encantamento e admiração dos visitantes por nosso artesanato proporcionou vendas diversas, a exemplo dos centros de mesa confeccionados em pneus e cordas, mini-sanfonas confeccionadas em palito de picolé, bonecas em algodão e tecido e barcos artesanais”.
Diversidade - No estande estão expostas peças oriundas das unidades prisionais de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Mamanguape, Esperança, Catolé do Rocha e Patos. Da Penitenciária Máxima Geraldo Beltrão, em Mangabeira, foram enviadas peças de papel, madeira, tecido, tinta e gesso, que dão forma a quadros, telas, barcos. Do Presídio do PB1, estão expostas peças produzidas com fios, lã, linhas, palitos de picolé, papel que dão origem a redes, barcos, origames; da cadeia pública de Mamanguape um trabalho de educação ambiental com pneus usados de carros, colchões velhos, cordas e vidros utilizados para dar origem a poltronas e centros de conjuntos de cadeiras, além de barcos, casinhas, tapetes.
Da cadeia pública de Esperança, um trabalho desenvolvido utilizando madeira dá vida a peças como sanfonas, casinhas, carros. Já a Penitenciária Feminina de Patos é representada pela renda renascença, com um conjunto de chá. Do presidio padrão de Catolé do Rocha, a madeira também é o material utilizado pelos reeducandos que produzem desde jogos de xadrez, carrinhos, porta-chave, bandejas para cozinha a troféus de vaquejada. Na Penitenciária Feminina de Campina Grande o material utilizado é lã, linha, tecido, bordado, que dão vida a bonecas, cachecóis, blusas de linha. O Presídio Padrão de Santa Rita participa com peças, entre máscaras, flores e esculturas, confeccionadas com sabão e sabonete.
Todo este trabalho é desenvolvido por meio do programa Cidadania é Liberdade da Gerência Executiva de Ressocialização, que dá aos que estão privados de liberdade uma chance de se reintegrarem ao convívio em sociedade e desenvolverem suas habilidades para ocuparem seu tempo dentro das unidades prisionais, amenizar um pouco a ociosidade que o cárcere provoca.
Serviço – O 20º Salão do Artesanato da Paraíba acontece até o dia 6 de julho, numa área antes ocupada pela concessionária Ourovel, no bairro do Catolé (Avenida Severino Bezerra Cabral (antiga Avenida Brasília). Aberto ao público de 11h até 22h, e no período que vai do dia 30 de junho a 6 de julho o horário de visitação será de 15h às 22h.
Secom-p

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