Famílias relatam drama para conseguir moradia através de programas sociais e querem ajuda das autoridades na cidade de Patos

 
A senhora Edilma dos Santos, dona de casa e mãe de três filhos, residente de forma provisória no Conjunto Vista da Serra, Bairro Monte Castelo, em Patos, é a primeira a relatar o seu drama diante da possibilidade de ser despejada a qualquer momento da casa que está ocupando de forma irregular, pois a moradia pertence à outra família que por questões de pendências no cadastro do Programa Minha Casa Minha Vida está fora da casa agora ocupada por Edilma e seus filhos.
A dona de casa relata aos prantos que fez seu cadastro para adquirir uma casa, mas até agora não tem resposta das autoridades sobre o porquê não ter sido contemplada mesmo estando dentro dos requisitos solicitados no PMCMV. “Eu não tenho para onde ir! A pessoa que ganhou essa casa já tem duas casas de herdeiro. A própria pessoa veio e me disse!”, confessa Edilma.
O outro caso é o da senhora Maria das Graças (foto 2). Ela disse que o seu cadastro junto a Prefeitura Municipal de Patos em busca da casa tem 5 anos. Maria disse que procura ajuda para que, pelo menos, o programa aluguel social, da Secretaria de Assistência Social, possa contemplar sua família, pois a situação dela é delicada. Maria das Graças tem um pequeno garoto com hidrocefalia, uma garota de 9 anos e está separada do marido. O filho está recebendo apoio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Cícero Cirino, presidente da Associação de Luta por Moradia, está denunciando que pessoas receberam casas mesmo sem necessidade. Ele disse que o caso já foi levado ao conhecimento do Ministério Público Federal (MPF), para a Companhia Estadual de Habitação Popular da Paraíba (CEHAP-PB), além de órgãos do próprio Governo Municipal, mas até agora nenhuma medida punitiva ou mesmo de retomada das casas foi tomada.
Em contato com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Habitação do Município de Patos, Everaldo Lima, a reportagem foi informada que todos os casos estão sendo acompanhados, mas as denúncias não procedem. “As pessoas que foram contempladas com as casas são de pessoas que estão aguardando a regulamentação de alguns documentos. As pessoas que invadiram essas casas foram contempladas em outro local. As moradias que foram invadidas tem que ser devolvidas para os seus devidos donos. A gente pede às pessoas que sabem que está havendo irregularidade que nos traga, pois iremos apurar cada caso”, diz Everaldo.

Jozivan Antero – Patosonline.com

OUÇA entrevista com Maria das Graças, Edilma dos Santos, Cícero Cirino e Everaldo Lima:

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