Eduardo Cunha desengaveta 11 pedidos de impeachment contra Dilma

 
Depois de anunciar rompimento pessoal com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), despachou nesta sexta-feira (17) 11 pedidos de atualização de impeachment já apresentados à Secretaria Geral da Mesa contra a presidente Dilma Rousseff. Um dos protocolos [imagem ao lado] foi feito pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), e os demais partiram de cidadãos de diversas localidades do país.
“Fica Vossa Excelência notificado para, no prazo de 10 (dez) dias, emendar a denúncia referida em epígrafe, adequando-a aos requisitos da Lei n. 1079/1950 e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”, notifica Cunha, no ofício encaminhado a Bolsonaro e aos demais cidadãos, obviamente alterado o pronome de tratamento para os outros 11 subscritores.
A atitude de Cunha revela um claro sinal de desespero: considera que apoiar um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seja sua possível tábua de salvação.
Afastamento
Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode pedir seu afastamento da presidência da Câmara dos Deputados. No depoimento prestado ao juiz Sergio Moro, Júlio Camargo também disse ter medo de que Cunha pudesse fazer mal à sua família.
Antes de ser acusado de corrupção, Cunha dizia que eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff transformaria o Brasil numa “republiqueta de bananas”.
Vingança
Para Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff deveria ter atuado nos bastidores junto à Procuradoria Geral da República para que as denúncias de corrupção que lhe atingem em decorrência das investigações na Lava Jato não fossem adiante. Com o avanço das investigações, o presidente da Câmara se viu acuado e decidiu voltar-se contra o planalto. Acusado de receber milhões de dólares em propina, Eduardo Cunha fez um pronunciamento público nesta sexta-feira em rede nacional, mas não citou os escândalos de corrupção.
Congresso em Foco

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