Lenildo Morais concede entrevista ao Revista dos Municípios e fala sobre seu futuro na política patoense e estadual

 
O Secretário Estadual de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiarido e vice prefeito de Patos e Lendildo Morais (PT), foi o entrevistado deste sábado (23), do programa Revista dos Municípios na rádio Espinharas AM e FM. Comandado pelo jornalista Marcos Oliveira, o radiofônico tem como principal característica a interação dos ouvintes com os convidados.  O secretário começou explanando sobre as ações do governo estadual voltadas aos agricultores, como distribuição de sementes para aqueles que já estão plantando suas culturas e o pagamento do Garantia Safra. “Através do governo da Paraíba foram destinados R$ 9 milhões e do governo federal o valor foi de R$ 80 milhões. Com isso mais de 100 agricultores familiares estão recebendo o seguro safra. O governo do estado está se empenhando para fazer a entrega das sementes o mais rápido possível, para que os agricultores possam fazer com mais rapidez suas plantações”, afirmou.
Já no primeiro bloco do programa Lenildo respondeu perguntas dos ouvintes que interagiram por telefone, mensagens de celular e pelo aplicativo Whatsapp. A primeira resposta foi em relação aos apoios políticos que o secretário daria em algumas cidades da região. Lenildo se reservou a mencionar nomes de amigos das cidades como Quixaba, São José de Espinharas e outros municípios, disse que vai conversar com alguns líderes que estiveram com ele e com o governador nas ultimas eleições, porém não mencionou nomes nem declarou apoio a qualquer candidato específico.
Lenildo bateu forte em quem pratica corrupção e contou um caso que aconteceu com ele, quando foi abordado por uma senhora que lhe perguntou o que ele estaria oferecendo no tempo da campanha e que ela afirmou que “todo político era ladrão”. Morais pediu que os desonestos deixassem a política e que se quisessem fazer negócios que colocassem um comércio e não enveredassem pela área política. Respondendo a mais um ouvinte ele disse que o que foi feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), no Brasil precisa ser respeitado e levado em conta na hora de escolher os representantes. Citou programas sociais como: Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Prouni e também assistência a saúde como o SAMU,criado e instalado no governo do PT e que até hoje está servindo a população. Ele também respondeu a pergunta que foi feita por vários ouvintes, se seria candidato a prefeito de Patos em 2016.
“Temos uma situação no PT, o Partido dos Trabalhadores de Patos está unido, quem quiser destruir o PT vai penar muito. Aliás, não vai conseguir ano passado foram 50 mil novos filiados em todo Brasil. Nos próximos dias estaremos tomando nossa decisão, o partido está coeso unido. Com a licença da atual presidente do diretório municipal Véria Lúcia, devo assumir a presidência do partido. Vou conduzir os diálogos com demais partidos, a prioridade é trabalhar para construir nossa chapa proporcional, saber se vai em uma chapinha, ou chapão e depois pensar na majoritária. O importante é que estamos unidos. O PT é assim, a gente briga, mas na hora do pega, a gente ta junto e é forte. Se o PT local ouvindo todos os filiados tomar decisão que terá candidato a prefeito e se o meu nome for escolhido serie sim, sem nenhum problema”, afirmou Lenildo.
Com relação à aliança do PT com o PSB do governador Ricardo Coutinho, Morais foi taxativo. “Devo lealdade ao governador pelo apoio e reciprocidade política com nosso grupo aqui em Patos, grupo que trabalhou desde o primeiro turno junto com ele e saiu vitorioso. Por isso que vamos tomar nossa decisão interna, ma também vamos ouvir o governador, pois ele é aliado do PT a nível nacional. Sou homem de partido, estou há 33 anos no PT e vamos deixar tudo as claras, pois não somos de conspirar ou falar por trás de ninguém. Se a decisão for de lançar candidatura termos candidatos e comunicaremos ao governador, a prefeita e vamos abrir as discussões políticas, mas tudo bem claro, bem transparente”, pontuou.
Falando sobre a mobilidade urbana, Lenildo não poupou a falta de planejamento de quem é responsável pelo transito da cidade. Ele citou um caso que precisava visitar o Hotel Melquíades e girou três vezes no quarteirão vezes perto do local que queria estacionar sem conseguir. “Eu não consegui estacionar, tentando parar aqui perto do Hotel Melquíades, então a cidade não tem mais onde estacionar, é preciso organizar o trânsito, foram realizadas algumas ações, pintaram aqui, ali, melhorou um pouco mais desorganizou tudo. É preciso pensar em soluções tipo ciclovias, é extremamente discutível esse tema por Patos ser uma cidade plana. Ações como as Zebrinhas de Brasília, microônibus que circulam pelos bairros e todos andam nessas conduções. Mas é preciso tomar providencias para não continuar dessa forma que está”, apontou Lenildo.    
Questionado sobre a atual gestão da prefeita Francisca Motta (PMDB), ele foi sucinto e direto. “A prefeita ta cumprindo seu papel a sociedade saberá reconhecer ou não seu trabalho no momento adequado”. No mesmo tema Morais respondeu a uma pergunta se novamente faria essa aliança com o PMDB local e assim como nas eleições de 2012, seria candidato a vice-prefeito? “Nós temos que aprender com os erros e crescer com os acertos. Não quero aqui cuspir no prato de ninguém, mas naquela oportunidade a aliança era de bom tamanho para os dois partidos, PT e PMDB. Aprendemos muita coisa e hoje temos uma situação bem diferente de 2012, acho que todos do PT cresceram com a aprendizagem. Mas o quadro que se mostra hoje é outro, as idéias são outras. Vamos dentro do partido discutir se teremos alianças  e com quais partidos serão feitas; a partir daí termos nossa resposta sobre nosso posicionamento nas eleições municipais”, explicou.

Eduardo Rabêlo/Blog Sertãopolitico.blogspot.com.br
Foto/Marcos Oliveira - Patosonline.com

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