Secretário Municipal de Saúde rebate críticas feitas por Lenildo Morais

 
O secretário de Saúde do Município de Patos, José Francisco de Sousa (Zeca), chamou de oportunista e irresponsável qualquer tipo de acusação à atuação da Secretaria de Saúde do Município, especialmente aquelas advindas de políticos com pré-candidaturas já anunciadas, cujos discursos permanecem repetitivos e orquestrados, segundo o mesmo.
De acordo com Zeca, o Brasil vive um momento em que não se tem Ministro da Saúde, não se sabe quem será presidente, e isso atinge diretamente ofinanciamento do Sistema Único de Saúde, as emendas parlamentares que chegam aos Municípios para subsidiar custeios, construções, ampliações e reformas, além da garantia do fluxo do trabalho em saúde no Brasil que é tripartite, Governo Federal, Estadual e Municipal.
“Quando por objetivos politiqueiros e oportunistas colocam a culpa no Governo Municipal, quem a coloca esquece que a maior parcela de financiamento do Sistema Público de Saúde vem do Governo Federal, cujo cumprimento da Política de Saúde encontra-se em segundo ou terceiro plano, uma vez que todas as atenções estão voltadas para sanar uma crise política,” considerou o secretário.
Diálogo com os servidores
O secretário de Saúde justificou o diálogo, como responsável pela não paralisação de todos os servidores da Saúde no movimento grevista. “Fiz reuniões com todas as categorias. Só com o Sinfemp fiz quatorze reuniões, onde me retrataram condições de trabalho, a situação das Unidades de Saúde e nós ouvimos a todos e atendemos o que foi possível. Os demais Sindicatos do Município que incluem agentes de saúde, odontólogos e médicos, nós não só recebemos como nos reunimos várias vezes. Só no gabinete da Prefeita nos reunimos cinco vezes com o Sindicato, das quais, três vezes com a presença da nossa Prefeita Francisca Motta”, relacionou o secretário.
Segundo Zeca, o diálogo da gestão com os servidores aconteceu ainda, durante audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar das trinta horas.
“Além da Câmara, me reuni com os médicos no auditório do Samu e no auditório do Hoter JK, digo tudo isso, para esclarecer que, parte da enfermagem, todos os médicos e todos os agentes de saúde não entraram em greve porque entenderam que o momento é economicamente adverso e instável, esses servidores só tiveram sensibilidade porque comprovadamente estabelecemos um forte diálogo,” acrescentou.
O secretário de Saúde foi enfático ao criticar a postura do Governo Federal quanto ao cumprimento de suas responsabilidades e aqueles que se dizem representantes diretos por serem do mesmo partido da presidência da República em Patos e por não cobrarem a pontualidade dos repasses Federais, desconhecendo a dimensão da responsabilidade desse ente federativo.
“Para que a população tenha ideia, o repasse Federal da Média e Alta Complexidade - MAC chegou com um mês e quinze dias de atraso, ou seja, o ente Federativo que custeia 70% do financiamento da Saúde Pública Municipal não cumpre, há muito tempo, o que é de sua responsabilidade”, afirmou o secretário.
Controle da Dengue
Sobre o controle da Dengue, Chikungunya e Zika, o secretário voltou a criticar a falta de ajuda Federal para os Municípios, prestando contas do que a Prefeitura de Patos tem feito, mesmo com limitações financeiras.
“O Governo Federal não mandou um centavo de recursos a mais para combatermos o Aedes Aegypti, que é a causa de todas essas viroses. Pelo contrário, está sendo necessário o Município antecipar o salário dos agentes de Endemias, na expectativa de receber do Governo Federal, mediante sua sensibilidade, para que esses profissionais não fiquem sem seus salários”, antecipou.
De acordo com o secretário Zeca, na prática, se dependesse da atitude e do financiamento do Governo Federal nada seria feito em Patos. “Enquanto isso, o Município, mesmo sacrificado com todos os recursos adquiriu três automóveis e está aguardando a chegada dos equipamentos fumacê para instalação; duas motos serão equipadas com bombas costais para o trabalho de fumacê e, dessa forma, recolhendo e dedetizando sucatas, o Município, esse sim, vem realizando ações concretas que o Governo Federal não está realizando”, destacou.
Unidades de Pronto Atendimento - UPAs
O secretário de Saúde criticou aqueles que por motivações eleitoreiras estão disseminando inverdades sobre o processo de implantação das UPAs em Patos, principalmente sobre possíveis repasses de pagamentos ou custeio.
“Patos possui duas UPAs, uma regional e outra Municipal. A UPA regional está com sua obra em fase de construção no bairro Jatobá, aguardando o fim de um processo licitatório que definirá a empresa que irá concluí-la, tendo em vista que a primeira detentora da concorrência faliu. A outra UPA é a do Campo da Liga e está com o prédio concluído. O deputado Hugo Motta conseguiu uma reserva de quinhentos mil reais para a aquisição de equipamento que já se encontram na UPA. O Governo do Estado entrou com uma contrapartida de trezentos e cinquenta mil reais, também para equipamentos, que já estão em licitação”, esclareceu o secretário de Saúde. 
Segundo o secretário Zeca, há denúncias infundadas e já jurisdicionadas de que no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – CNES, pessoas já recebem proventos como se já estivessem trabalhando na UPA.
“Quando o Município tem a intenção de abrir qualquer serviço ele precisa provar junto ao Ministério da Saúde que tem capacidade e mão de obra necessária e específica, para garantir o seu funcionamento, por isso, a necessidade padrão de informar esses profissionais nesse cadastro, sem que especificamente, os mesmos venham a ocupar essas vagas”, explicou o secretário de Saúde.
José Francisco de Sousa (Zeca) concluiu desafiando os denunciantes. “Desafio àqueles que estão disseminando essa inverdade a apresentarem algum contracheque de algum profissional que esteja cadastrado e recebendo recurso pela UPA de Patos. Se não mostrar, que utilizem os mesmos meios de comunicação para pedir desculpas a população pelas inverdades oportunistas e de momento, que estão plantando”, concluiu o secretário de Saúde do Município.

Assessoria

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