PPL requer ao TRE dados sobre pesquisas Souza Lopes e advogado pede ao MPF que investigue o Ibope. Confira!
O Partido da Pátria
Livre (PPL) na Paraíba requereu, nesta quinta-feira (18), ao Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) dados internos das seis pesquisas encomendadas
pelo Sistema Correio de Comunicação ao Instituto Souza Lopes sobre a
disputa eleitoral deste ano no Estado.
Das cinco consultas, até agora cinco foram suspensas pela Justiça por indícios de irregularidades.
Contratada pelo PPL, a
advogada Jaciane Ribeiro revelou que foram solicitadas à Corte Eleitoral
cópias de todos os questionários das seis pesquisas feitas pelo
Instituto Souza Lopes, com data, cidade, bairro, hora, bem como cópias
dos contratos de prestação de serviços entre a empresa contratada e a
contratante.
“Solicitamos também
cópias das Notas Fiscais emitidas à época de cada serviço prestado, além
dos comprovantes de recolhimentos dos tributos”, adiantou a advogada.
“O objetivo do partido é
comprovar se realmente o Instituto Souza Lopes foi a campo para fazer a
nova consulta ou se está usando dados de pesquisas anteriores que foram
canceladas pela Justiça”, completou Jaciane, acrescentando que o
instituto, mesmo já acumulando multas aplicadas pela Justiça Eleitoral
paraibana de mais de R$ 200 mil, registrou nova pesquisa junto ao TRE.
Para o advogado
Francisco Ferreira, que representou o candidato a deputado estadual
Leandro Wagner (PPL) nas ações que resultaram na suspensão de cinco
pesquisas Souza Lopes, a nova consulta registrada pelo instituto também
apresenta irregularidades. “Para se ter ideia, no questionário sobre as
intenções de voto para presidente da República, o instituto apresenta os
nomes das siglas de todos os candidatos, exceto o da candidata Dilma
Rousseff (PT)”, observou.
“No Mato Grosso, um
instituto foi multado por ter divulgado pesquisa onde no questionário
constava apenas uma letra errada no nome do candidato. Imagine então a
omissão da sigla do partido?”, questionou o advogado.
Pesquisa Ibope
O advogado Francisco
Ferreira revelou que está acionando o Ministério Público Federal para
apurar, na esfera penal, a “mágica” que o Instituto Ibope, contratado
pelo Sistema Paraíba de Comunicação, está fazendo para calcular a margem
de erro e o nível de confiança das pesquisas que tem realizado no
Estado.
“Na pesquisa que o Ibope
deve divulgar nos próximo dias, a margem de erro é de 3%, com intervalo
de confiança de 95%. O problema é que, para atingir essas margens, a
pesquisa deveria ouvir no mínimo 1.065 pessoas. Porém, consta registrado
no TRE, que o Ibope só entrevistou 812 pessoas, ou seja, quase 300 a
menos que o estipulado”, observou o jurista. “Com isso, o Ibope
economiza tempo, recursos físicos, humanos e financeiros”, completou
Francisco Ferreira, acrescentando que consultou profissionais da área de
estatística para chegar a essa conclusão.
Do Polêmica PB
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