Final da Copa reúne ditadores mais incômodos do mundo

09 de Julho de 2014

Final da Copa reúne ditadores mais incômodos do mundo

Final da Copa reúne ditadores mais incômodos do mundo
 O camarote do Maracanã, no domingo para a grande final da Copa do Mundo, será um palco inusitado reunindo chefes de estado tão diversos que apenas o futebol pode colocar na mesma sala.


Ao lado da presidente Dilma Rousseff, a ala VIP do estádio contará com alguns dos ditadores mais incômodos do mundo, ao lado de representantes de democracias e monarquias europeias. Muitos deles estão entre os governos mais autoritários do mundo, acusados por ongs por sérios crimes e violações de direitos humanos.


Para a decisão da Copa, a lista dos convidados confirmados inclui Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, ditador da Guiné Equatorial desde 1979 e o líder africano que há mais tempo está no poder. Nas últimas eleições, em 2009, ele teria vencido o pleito com 97% dos votos, algo contestado por seus adversários.


Ele ainda é investigado na França e nos EUA por corrupção. Em 2011, o governo americano confiscou ativos no valor superior a US$ 70 milhões em seu nome, incluindo uma Ferrari.


Outro que estará na tribuna de honra será Ali Bomgo Ondimba, presidente do Gabão e filho do ditador que permaneceu no poder por décadas. O camarote ainda terá a presença de Joseph Kabila, presidente da República Democrática do Congo desde 2001, substituindo a seu pai, Laurent-Désiré Kabila.


Não muito distante de sua poltrona estará o presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, que ocupa o cargo há 17 anos. Ele ainda foi o presidente entre 1979 e 1992. Entre os convidados estará ainda o emir do Catar, Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani. Ele vive uma série de críticas internacionais por conta da polêmica envolvendo a suposta compra de votos na Fifa para garantir ao país o direito de sediar a Copa.


Mas será a presença de Vladimir Putin, presidente da Rússia e próximo anfitrião da Copa de 2018, que promete chamar a atenção. O russo está na lista dos convidados e não hesitará em usar a ocasião para mostrar que, apesar da crise na Ucrânia, não está isolado.


Ele poderá se encontrar com a chanceler Angela Merkel, que indicou que quer ver o time da Alemanha na grande final. A relação entre Putin e Merkel está fortemente abalada pelo conflito no Leste Europeu.


Mas não são apenas os ditadores que estarão nas tribunas. O primeiro ministro da Holanda, da Hungria, Trinidad e Tobago, da África do Sul e da Finlândia já confirmaram presença. Quem também estará na final é Rafael Correa, presidente do Equador.


Antes da partida final no Rio, Dilma Rousseff oferecerá um almoço para o grupo.

Exame

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