PMDB e governo deflagram disputa pela presidência da Câmara



Guerra de Secessão A possibilidade de afastamento de Eduardo Cunha dapresidência da Câmara pelo STF acirrou as divisões na bancada do PMDB, que vive clima de guerra pela disputa da liderança do partido. A batalha deve reproduzira atual: Leonardo Picciani (RJ), que retomou o posto de líder com ajuda doPlanalto, tem simpatia do governo para se candidatar. Osmar Serraglio (PR), da alapró-impeachment e aliado do presidente da Câmara, é visto com bons olhos pelogrupo de Michel Temer.
Coluna do meio Aliados de Cunha e líderes de oposição avaliam que um nome defora do PMDB em partidos com boa interlocução com o presidente da Casa, comoPR e PSD, pode ter chances na sucessão.
Pés no chão Passada a euforia pela vitória no STF sobre o rito do impeachment, oPlanalto pretende voltar a trabalhar: “Seja a regra que for, vamos precisar devotos”, diz um assessor palaciano.
Poliglota 1 Entre os itens apreendidos pela Lava Jato nos escritórios do presidenteda Câmara no Rio, está um livreto em inglês sobre procedimentos para registros deempresas.
APODE2012PAINEL (2)
‌Poliglota 2 Para a Procuradoria-Geral da República, o material “evidencia ointeresse de Eduardo Cunha em criar empresas no exterior”.
Próximos capítulos Aliados apostam que o peemedebista tem chances dereverter a derrota no Conselho de Ética na CCJ. Lá, ele também tem soldados fiéis,incluindo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Arthur Lira (PP-AL),denunciado na Lava Jato.
Deixa rolar Na véspera das buscas em sua casa, Cunha ainda insistia em anular ostrâmites da decisão. Após a visita da PF, decidiu deixar a votação correr para partirpara o confronto na CCJ.
Ano velho O relatório das atividades do Senado em 2015, apresentado por RenanCalheiros, ganhou o sugestivo subtítulo de “o ano que mal começou e nemterminou”.
Inferno astral Enrolada na Lava jato e com uma dívida bilionária, a Odebrechtterá de lidar com uma disputa que vinha protelando  cinco anos: encerrou-senesta semana o prazo dado pela família Gradin para que o grupo respondesse aopedido de venda da fatia de 20% que detêm no conglomerado.
Atrás do filé Os Gradin, que não aceitaram sair da empresa em 2010, agoraexigem um valor bem maior para deixar a Odebrecht.
Tudo meu Aceitam também ficar com ativos da empreiteira. Estão de olho naOdebrecht Óleo e Gás e em parte da Braskem.
Aviso prévio A Sete Brasil, criada pelo governo para ser a principal fornecedorade sondas para o pré-sal, pode sofrer novo baque. O estaleiro Jurong ameaçavender para outra empresa uma sonda que está prestes a ficar pronta. Oequipamento garantiria receita para a Sete em 2016.
Desmonte Os sócios da Sete foram avisados, mas estão de mãos atadas. APetrobras jogou para janeiro as conversas sobre a reestruturação da companhia,que deve R$ 14 bilhões a bancos. A dívida com o Jurong, que não recebe da Sete meses,  supera US$ 300 milhões.
Sem data O governo vai fechar o ano sem ter perspectiva de data para a troca deofertas entre Mercosul e União Europeia. Os blocos ficaram de se falar no início doano que vem. Dilma chegou a dizer que a troca ocorreria até o fim de novembro.
Recorde Sem avanço com os europeus, a presidente da República baterá umrecorde: é o mais longo período sem que o Brasil tenha um novo acordo comercialem vigor desde que entrou para o Mercosul, em 1992. O bloco discute nestasegunda-feira o acordo com a União Europeia.


fonte: folha de sp

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